quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

“A Menina do Mar” Sophia de Mello Breyner Andresen

Publicado originalmente em 1958, “A menina do mar” é uma obra-prima de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2014).
O livro, um dos mais conhecidos para crianças em Portugal, conta a história de um menino que mora na praia e, um dia, ouve uma estranha gargalhada, que mais parece ter vindo de baixo d’água.
Ao seguir o som desconhecido, se depara com uma cena curiosa, uma menina, pequena e de cabelos azuis, dança com um polvo, um caranguejo e um peixe.
Desse encontro nasce uma amizade que supera a diferença entre os dois mundos, a terra e o mar.
Ela vive no mar, e é bailarina da "Grande Raia", uma rainha dos mares, que sobre ela mantém vigilância, não a deixando realizar o seu sonho de conhecer a terra firme, onde mora o rapaz. Além disso, a menina não consegue sobreviver longe da água, pois, fica desidratada, ainda que consiga respirar dentro e fora de água. O rapaz, com que estabelece amizade, tem o desejo de conhecer o fundo do mar. A história desenrola-se com a tentativa dos dois em realizar os seus sonhos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Os benefícios da escrita para a saúde

Os benefícios da escrita vão muito além do simples ato de escrever 

O simples ato de escrever transporta em si fortes benefícios físicos e mentais para a saúde, tais como melhorias a longo prazo na diminuição dos níveis de estresse e sintomas depressivos. 
Existem vários estudos sobre este assunto, em 2005 uma análise sobre os benefícios emocionais e físicos para a saúde através da escrita, os pesquisadores descobriram que os participantes no estudo que escreveram entre 15 a 20 minutos (de 3 a 5 vezes) durante um estudo que durou quatro meses, melhoraram significativamente comparados a outros que não o fizeram.
Ao escrever sobre eventos traumáticos, estressantes ou comoventes, os participantes foram significativamente mais propensos a ter menos doenças e a ser menos afetados por qualquer tipo de trauma, por outro lado, os participantes passaram menos tempo no hospital, viram a sua pressão arterial equilibrar-se, e no geral a sua vida melhorou. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

“O Homem-Mulher” Sérgio Sant’Anna

Sérgio Sant’Anna é um escritor brasileiro, e, embora já tenha publicado poesia, peças de teatro, novelas e romances, se considera primeiramente como contista.
A obra de Sérgio Sant'Anna é de difícil classificação, transgressor contumaz, ele vem desde a década de 1960 testando os limites da prosa, dos gêneros, e da própria ideia de literatura. Seus romances, contos, poemas, novelas e peças de teatro romperam tradições e derrubaram barreiras entre alta e baixa cultura, entre popular e erudito, numa linguagem descarnada tão reconhecível quanto escorregadia, que influenciou inúmeras gerações de escritores.

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1941, iniciando a sua carreira de escritor em 1969, com O sobrevivente, livro de contos que o levou a participar do International Writing Program da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Teve obras traduzidas para o alemão e o italiano e adaptadas para o cinema, foi premiado quatro vezes com Jabuti, mais recentemente por O voo da madrugada(2003), que recebeu também o prêmio APCA e o segundo lugar no prêmio Portugal Telecom de literatura.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O Pintassilgo de Donna Tartt (“a Dickens do século XXI”)

O Pintassilgo é um livro infantil para adultos ou sinfonia de prodigiosa imaginação, está traduzido em 20 idiomas e a suscitar um debate sobre o gosto literário.
No princípio não há uma ideia, mas uma imagem, quase sempre um desenho, a sua autora, Donna Tartt, escritora natural do Mississippi, nos EUA, onde nasceu em Dezembro de 1963, escreve um romance que começa por ser uma montagem de desenhos, frases, recortes de excertos de blocos de notas onde o texto vai crescendo à mão, a caneta azul e vermelha, até ganhar corpo.
É um processo longo, a autora demora cerca de uma década a compor cada livro, “Já tentei ser mais rápida, mas não funciona. Não retiro qualquer prazer da escrita e se o escritor não tiver prazer não o pode passar ao leitor”, tem dito Tartt sobre a sua escrita lenta.
Donna Tartt a quem já chamam “Dickens do século XXI)
Em 32 anos de escrita publicou três romances (A História Secreta, O Pequeno Amigo), o último, O Pintassilgo, lançado nos Estados Unidos no Outono de 2013, há cerca de um ano, já vendeu mais de um milhão e meio de cópias e venceu o Pulitzer para ficção em Abril deste ano, dividindo a crítica em língua inglesa, os que o consideram uma sinfonia extasiante, como o escritor Stephen King nas páginas do The New York Times Book Review, e quem, como o crítico James Wood, o tenha referido como um livro infantil para adultos no texto que assinou na The New Yorker.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

"A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei"

"A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios."

(Manoel de Barros em “Tratado geral das grandezas do ínfimo”)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Agatha Christie a “Rainha do Crime

Agatha Mary Clarissa Miller, conhecida mundialmente como Agatha Christie, a "Rainha do Crime", ou “Duquesa da Morte”, nasceu em 15 de setembro de 1980 (faleceu em 12 janeiro 1976 aos 85 anos), na costa de Devon, na cidade de Torquay, Reino Unido, terceira filha de um rico americano, e que se tornou na mais conhecida escritora de livros policiais do Mundo.
Os seus livros venderam centenas de milhões de cópias em inglês, além de mais algumas centenas de milhões em línguas estrangeiras.
Agatha Christie é a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, sendo somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare, escreveu mais de 80 romances policiais e compilações de pequenas histórias, 19 peças de teatro e seis romances escritos sob o nome de Mary Westmacott.