quarta-feira, 13 de julho de 2016

O enigma das meias soltas

É um dos enigmas universais, para onde vão os pares das meias, as que (alegadamente) entram na máquina de lavar ou são penduradas no estendal e não voltam?
Nos EUA um cão, um Grand Danois, fez desaparecer 43 meias, a veterinária nem queria acreditar.
O cão, de três anos, começou a vomitar e a ter comportamentos estranhos, e, ficou tão prostrado, que os donos acabaram por levá-lo a uma urgência veterinária no Dove Lewis Emergency Animal Hospital, em Portland, EUA.
O Grand Danois foi observado pela veterinária Ashley Magee, que mandou fazer um raio-x, e, o que o exame revelou é descrito pela responsável da comunicação do hospital como "muito material estranho no seu estômago". O que quer que fosse não podia ser digerido, logo o cão tinha que ser operado.
A cirurgia durou duas horas e a veterinária retirou 43 meias (e metade de outra) do estômago do canídeo, mas o destino de metade da meia permanece um mistério. O Grand Danois estava, afinal, empanturrado em meias, "Abrimos-lhe o estômago e tiramos meia atrás de meia de todas as formas e tamanhos", disse Ashley Magee.
A notícia é agora conhecida, depois do hospital se ter candidatado a um premio destinado a unidades veterinárias chamado "Eles comem o QUÊ?" ["They ate WHAT?" no original] e ter conquistado terceiro lugar, um premio monetário no valor de 500 dólares (380 euros) e que reverte para um fundo para donos de animais sem dinheiro para os tratar.
A proeza do Grand Danois não superou a de um sapo que comeu todas as rochas ornamentais da sua jaula, e deu o primeiro lugar a um hospital de Plano, Texas. Também um Pincher que conseguiu engolir um espeto de kebab e fez um hospital da Florida receber o segundo premio.
Apesar da estranha obcessão do Grand Ganois, o que manda no concurso não é apenas a originalidade da proeza, mas também a qualidade da radiografia.
"Tivemos muitas, muitas fantásticas candidaturas", disse Marilyn Iturri, editora da revista "Veterinary Practice News", que promove a iniciativa, "Infelizmente alguns casos fantásticos e invulgares estavam representados por radiografias de baixa resolução que não tinham qualidade de impressão e não chegaram à fase final".

A identidade do cão não foi relevada, sabendo-se apenas que teve alta no dia seguinte. Desconhece-se durante quanto tempo comeu as meias e como lidavam os donos com os seus sucessivos desaparecimentos.

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