Janaina
Tokitaka é artista plástica, ilustradora e escritora, nasceu na cidade de São
Paulo, Brasil, onde estudou Artes Plásticas, e tem 28 anos.
Janaina
percebeu desde criança uma atração especial pelas artes, em 2005 começou sua
carreira de ilustradora colaborando para a Folhinha, suplemento do jornal Folha
de S. Paulo e, no mesmo ano, ilustrou seu primeiro livro infantil.
Em seu currículo, acumula ilustrações feitas para cerca de 20 livros de
terceiros, nacionais e estrangeiros, entre elas Contos populares japoneses,
de Adriana Lisboa, e O mistério da estrela, de Neil Gaiman. É também autora de mais de 10 livros infanto-juvenis, entre os quais um editado
recentemente pela Rocco, “Eugênia e os robôs”.
“Eugênia
e os robôs”
Eugênia
tem 11 anos e é muito inteligente. Apaixonada por mecânica e elétrica, é capaz
de montar e desmontar qualquer aparelho eletrônico. Também é ótima em
matemática e em tudo que exija lógica e concentração. De preferência, sem ter
ninguém por perto para atrapalhá-la e confundi-la. Afinal, para Eugênia, as
pessoas são muito complicadas.
“Elas
parecem robôs com defeito”, diz a protagonista do engenhoso livro de Janaina
Tokitaka.
Apesar de toda a sua inteligência e facilidade para entender coisas que a
maioria das crianças de 11 anos, e mesmo os adultos, não conseguem sequer
imaginar como funcionam, a vida de Eugênia não é nada fácil. Afinal, o que é
uma equação matemática diante de problemas bem mais complicados como pessoas
que “gritam quando o que mais querem é ficar em silêncio. Ou fecham a boca,
sorriem e controlam seus mínimos movimentos, quando no fundo queriam estar
sapateando de raiva”? A menina definitivamente não consegue entender os seres
humanos – a começar por seus pais, as pessoas mais complicadas de todo o
universo. E o que dizer então dos colegas da escola?
Eugênia não conseguia fazer amizade com ninguém e vivia sendo zoada pelas
outras crianças. Depois de decidir fazer, literalmente, seus próprios amigos, construídos com muita habilidade a partir de
controles remotos antigos, relógios quebrados, baterias e todo tipo de
parafernália eletrônica que ela pôde encontrar e, o mais importante,
devidamente programados por ela, Eugênia desiste de vez de tentar se aproximar
das pessoas. Afinal, pra que se aborrecer com crianças esquisitas se ela agora
tem Zero, Aldo e Isaac a seu dispor? Compreensivos, companheiros, interessados
nos mesmos assuntos que ela, seus amigos robôs são melhores que qualquer outro,
de carne e osso!
Mas
quando Eugênia se esconde no banheiro do colégio na hora do recreio para fugir
da “companhia” de seus colegas de classe, tem início uma grande confusão que
vai acabar pondo à prova as ideias da menina sobre um mundo ideal, habitado por
robôs absolutamente previsíveis. Mesmo que isso signifique ter que aceitar
lidar com as atitudes e pensamentos por vezes indecifráveis dos humanos.
A ideia do livro surgiu a partir da frase
“fazer amigos”.
Com originalidade e bom humor, Janaina Tokitaka faz uma homenagem a autores como Isaac Asimov, o robozinho preferido de Eugênia é justamente o homônimo do escritor, e à ficção científica, ao mesmo tempo que constrói uma singela e divertida história para a garotada sobre as relações humanas.
Com originalidade e bom humor, Janaina Tokitaka faz uma homenagem a autores como Isaac Asimov, o robozinho preferido de Eugênia é justamente o homônimo do escritor, e à ficção científica, ao mesmo tempo que constrói uma singela e divertida história para a garotada sobre as relações humanas.
“Comecei
a pensar em uma personagem que entendesse a expressão literalmente e resolvesse
de fato construir amigos perfeitos, como nenhum ser humano poderia ser”.
Desse conceito nasceu Eugênia e seus robôs Zero, Isaac e Aldo.
Quando
criança gostava de robôs e de fadas-madrinhas. Continuo gostando dos dois, na
verdade. Acho que não são gêneros excludentes. A gênese de ambos é a mesma, os
chamados chapbooks vitorianos que posteriormente deram origem às edições pulp.
Ou seja, a ficção científica tem mais em comum com o conto de fada do que pode
parecer à primeira vista”. (excerto da entrevista de Janaina Tokitaka ao siteda editora Rocco)
Uma
autora a seguir e um excelente livro não só para o público infanto-juvenil, mas
também para o público adulto.
Trata-se
de um livro sobre amizade, ou da dificuldade em fazer amigos, onde nem tudo é
como a gente quer, e se
tudo fosse como queremos seríamos mais felizes? "Afinal as pessoas são muito complicadas"
Uma
autora a seguir e um excelente livro não só para o público infanto-juvenil, mas
também para o público adulto.
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